Rirei do mundo.
Nenhuma criatura viva ri, à exceção do homem. As árvores podem sangrar quando feridas e os animais no campo gritarão de dor e fome, mas apenas eu tenho o dom de rir, e ele é meu, para usar quando o desejar. De hoje em diante, cultivarei o hábito de rir.
Sorrirei e minha digestão será melhor; rirei baixinho e minhas obrigações serão aliviadas; rirei e minha vida se alongará, pois este é o segredo da vida longa, e agora é meu.
Rirei do mundo.
E principalmente rirei de mim mesmo, pois o homem é mais cômico quando se leva a sério demais. Jamais cairei nesta armadilha da mente. Pois, embora eu seja o milagre da natureza, não sou ainda um mero grão jogado para lá e para cá pelos ventos do tempo? Sei eu realmente de onde vim e para onde vou? Não parecerá tola a minha preocupação de hoje, daqui a dez anos? Por que deveria eu permitir que os mesquinhos acontecimentos de hoje me perturbem? O que pode ocorrer ante este sol, que não parecerá insignificante no rio dos séculos?
Rirei do mundo.
PEALE, Norman Vincent. O Maior Vendedor do Mundo, Rio de Janeiro: Record, 2011. P. 87-88