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Reflexões futebolísticas

Não sou fã de futebol. Apenas assisto a copa a cada quatro anos, e tenho medo de quando o Galvão Bueno se aposentar, pois dependo dele para saber se o jogo está bom ou ruim.
 
Algumas coisas chamaram a atenção desse não futebolista na recém-terminada copa. Primeiramente, fiquei surpreso com os brasileiros. Não fizeram o anunciado “quebra-quebra”, e foram elogiados sobre a recepção dada aos estrangeiros. Emocionamos o mundo quando continuamos a cantar o hino nacional à capela, depois que a gravação abruptamente se encerrava. Para mim, foi uma demonstração de patriotismo que não imaginava existir em nosso país.
 
Achei que algum tipo de vírus assolou as torcedoras brasileiras, pois sempre que eram filmadas faziam com as mãos um “coraçãozinho”. O gesto era tão automático que lembrava a postura de alguns amigos da adolescência, que nas fotos de grupo faziam um “V” com os dedos, simulando chifres na cabeça dos amigos.
 
Teve também a surpresa do jogo do Brasil com a Alemanha, que proporcionou os bolões mais curtos da história do futebol brasileiro. Aos trinta minutos do primeiro tempo todos começaram a devolver o dinheiro, porque, certamente, ninguém imaginava um resultado daqueles. Os joinvilenses de origem alemã viram a confirmação de um ditado da região. Trata-se do “drei minuten drei gol” (três minutos três gols), que era dito por nossos avós quando torciam até o final pelos times, mesmo diante de um placar adverso. Pelo jeito o ditado funciona para os times alemães.
 
Mais surpreendente ainda foi que os alemães, apesar de surrarem o Brasil e terem fama de frios, saíram do “país da alegria” como os reis da simpatia. Ganharam a taça dentro e fora do campo.
 
Assombroso foi verificar a evolução do time brasileiro na partida que jogou contra a Holanda. Para quem tomou sete gols, perder apenas por três a zero foi um tremendo avanço.
 
O último espanto que tive foi pela postura do técnico de nossa seleção. Quando perguntado acerca do culpado pela derrota para a Alemanha. Respondeu, sem nem mesmo titubear: “o responsável fui eu, pois eu escolhi os jogadores, fiz o esquema tático, e sou o único culpado”. Assumir a responsabilidade pelo erro é admirável, em um país no qual a vitória tem vários pais, mas a derrota é órfã. Esse é um ensinamento que devemos ter em mente, em face das eleições que se aproximam. Felipão pode não ser mais o técnico da seleção, mas pela retidão de comportamento votaria nele para presidente.

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