“O papel tem mais paciência do que as pessoas.”
Pensei nesse ditado num daqueles dias em que me sentia meio deprimida e estava em casa, sentada, com o queixo apoiado nas mãos, chateada e inquieta, pensando se deveria ficar ou sair. No fim, fiquei onde estava, matutando. É, o papel tem mais paciência, e como não estou planejando deixar ninguém mais ler este caderno de capa dura que costumamos chamar de diário, a menos que algum dia encontre um verdadeiro amigo, e isso provavelmente não vai fazer a menor diferença.
FRANK, Anne. O Diário de Anne Frank, Rio de Janeiro: BestBolso, 2016. Pg. 19.