Dizia um juiz que tinha certa fantasia, a um professor de processo:
– Vocês levam a vida a ensinar aos alunos o que é o processo e melhor seria para fazer deles bons advogados, ensinar-lhes o que não é o processo. Por exemplo: O processo não é um palco para estriões; nem um escaparate onde se exibe a mercadoria; nem uma academia de conferencistas; nem uma reunião de inúteis que trocam entre si ditos de espírito; nem um círculo de jogadores de xadrez; nem uma sala de esgrima… “… nem um dormitório” – continuou timidamente o professor.
CALAMANDREI, Piero. Eles, os Juízes, Vistos por Nós, os Advogados, 7ª ed. Livraria Clássica, Lisboa – Portugal, p. 91