Algumas mensagens da história ajudam bastante na reflexão. Uma delas está no evangelho de Marcos,
Que os cristãos acreditam ter sido dita por Jesus: “De nada adianta um homem ganhar o mundo se ele perder a sua alma”. Independentemente de se ter religião ou não, a mensagem é forte. Ela remete à identidade, àquilo que a pessoa é, ao que a torna alguém que pode andar de cabeça erguida e dormir em paz.
Nessa hora, aquilo que eu deixo de fazer é o que garante que eu não perca a minha alma. Na sentença “de nada adianta um homem ganhar o mundo se ele perder a sua alma” há uma acepção religiosa que entende alma como algo cuja perda causa a danação eterna. Mas, se meus princípios éticos não forem necessariamente orientados por convicção religiosa, posso olhar a ideia de alma como aquilo que eu me fiz e que não quero perder em mim, não quero perder de mim, porque não quero me perder.
Não quero me perder ao ser um profissional que transige com alguns valores, aqueles que fazem valer o que faço.
CORTELLA, Mario Sergio. Por que fazemos o que fazemos? São Paulo: Planeta, 2016. P. 101 – 102